Escribiendo al azar o Cartas de navegación 9 (sin puerto ni destino)

Uno no pasa por está vida de forma imperceptible,  uno se hace notar en unas pocas o unas muchas personas, actos que van desde el lado más luminoso hasta el lado oscuro, todo es parte de lo mismo, de uno mismo, cada paso, cada marca, cada toque, beso, abrazo, comida, deja huella, unas más profundas, otras más superficiales, todos nos dejan huella, con algunas nos vamos hasta la muerte, con otras, sólo temporalmente nos acompañan.
El transito de aquí a allá, de allá a aquí, de abajo a arriba, de mujer a hombre, de niño a adulto; somos viento, lluvia, tierra, fuego, todos los elementos, todos los amores, todos los odios, todos los caminos...somos, obra y gracia de la luz bendita que nos dio consciencia de ser, y en nosotros habitan todas las respuestas a nuestras preguntas.









Navegar é Preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

Fernando Pessoa

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